Nêga Jurema veio descendo a ladeira trazendo na sua sacola um saco de Maria Tonteira E a molecada avisou a rua inteira: "vem correndo que a feira já está pra começar"
"Mas olha as nuvens esse tempo não ajuda pelo menos as minhas mudas eu já sei que vão brotar" dizia a Nêga quando vieram os soldados se dizendo avisados e começaram a atirar Pois foi Antônio, filho de José Pereira, que no meio da bagaceira olhou pro céu e a rezar pediu pra Santo Antonio, São Pedro ou Padim Cícero ou pros filhos do Caniço que viessem a ajudar
Foi no pipoco do trovão que se armou a confusão e ninguém pôde acreditar que aquilo fosse verdade, foi por toda a cidade, cresceu em todo lugar Na Igreja das alturas, barzinho, prefeitura, no engenho da rapadura nasceu mato de fumá E foi com a santa Malícia que driblou-se da polícia e fez a guerra acabar
FUMÉ FUMÁ
Não é flor de intestino é um matinho nordestino que a senhora vai queimar Faz um bem pra diarréia para o véio e para a véia, faz o morto suspirar Faz um bem para as artrites, febre ou conjuntivite Faz qualquer mal se curar
Cumê CAGâ Bebê FUMÁ São as leis da natureza e ninguém vai poder mudar
Compositores: Frederico Mello de Castro (ABRAMUS), Jose Henrique Campos Pereira (ABRAMUS), Rodolfo Leite Goncalves de Abrantes (ABRAMUS), Rodrigo Aguiar Madeira Campos (ABRAMUS)Editor: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2017 (16/Jan)ECAD verificado obra #42350 e fonograma #13875593 em 13/Abr/2024 com dados da UBEM