Zé, entre tantos por aí Erguendo a pé o horizonte de meu Deus Braço de luta é seguir sempre adiante Quando burro viajante peleja proteção Segue pelas ruas, romaria! A popular sabedoria Agora tem promessa a pagar
O moço, valente, arredio Imagem que busca o brio A cura ao som do tambor
O padre, renega: Vadio! Caminha sertão que agora é frio Quem é levada no andor?
Ê batuque brasileiro! A quem peço proteção? Epa hey, iansã! Oya tè tè! Santa bárbara há de interceder
Batina não entende que ainda Nessa vida peregrina Mistérios vão se revelar E assim aos olhos de ninguém Vira herói escondido por vintém Qual Deus concede o perdão? Portas ao chão contra intolerância Preto, pobre, meretriz Não se vende a esperança!
Ronda o cruzeiro tentando ser feliz Severino no desterro constrói esse país Filhos do tigre em poesia vem clamar Quantos Zés a cruz precisa carregar?